Filosofia Versus Ciência

Filosofia Versus Ciência

Atualmente no mundo académico, laboral e político existe uma esforço, uma procura de marginalizar e extinguir a disciplina da filosofia. Como se a ciência e a avidez empresarial e políticas fossem suficientes para nos dar todas as respostas sobre um mundo que nos escapa ao entendimento. E desta forma, isto é errado e leva à destruição do pensamento crítico humano, e do ser humano. Sendo isto apressado pelo florescimento da Inteligência Artificial, que se propõe a pensar pelos seres humanos, e até a agir por eles, com os seus próprios preconceitos programados.

O verdadeiro domínio da filosofia é, e foi durante mais de dois milénios, a abstração da realidade. A filosofia moldou e molda a nossa forma de pensar, com as ideias de Sócrates, Platão, Aristóteles, Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, Albert Camus, mas também as atribuídas a Lao Tzu, Jesus Cristo, Gautama Buda e até a Sigmund Freud e Carl Gustav Jung.

Nisto vejo duas vertentes no campo da filosofia: como disciplina da atividade intelectual humana e como atividade profissional.

A mais importante das duas é sem dúvida a sua utilidade como disciplina do pensamento. É muito importante a sua presença à estruturação válida do pensamento e para informar sobre e criticar possibilidades concebidas abstratamente, permitindo ligar de forma válida e consequente diferentes áreas do saber humano (por exemplo, psicologia e sociologia) e chegar a conclusões válidas, ainda que não necessariamente verdadeiras, assim como estudar a sua validade e veracidade, incluindo perante nova informação. Por exemplo, eu posso, em toda a minha vida, apenas ter visto pessoas com olhos castanhos, e valida mas erroneamente assumir que todas as pessoas têm olhos castanhos. Mas também saber que, como há mais no mundo do que aquilo que experimentei - volta e meia realizo novo conhecimento -, que haverá à priori a possibilidade de haver pessoas com olhos de outras cores. Ainda que naturalmente pense que não há.

Como atividade profissional, a filosofia permite explorar de forma profunda e sustentada conceitos e ideias, abstratamente, e a própria experiência de pensar e viver, tendo sido fundamental no aparecimento e desenvolvimento da Lógica (com Platão, Aristóteles e Euclides, entre outros), à exploração da experiência de ser no mundo (com o movimento existencialista, por exemplo) e ao questionamento da própria estrutura da realidade (movimento idealista germânico, por exemplo).

Nas palavras do músico Frank Zappa, "sem desvio da norma, o progresso não é possível." E nisto a filosofia é fundamental, ao nos legar ferramentas testadas ao longo do desenvolvimento da civilização humana para pensar valida e originalmente.

Atualmente no mundo académico, laboral e político existe uma esforço, uma procura de marginalizar e extinguir a disciplina da filosofia. Como se a ciência e a avidez empresarial e políticas fossem suficientes para nos dar todas as respostas sobre um mundo que nos escapa ao entendimento. E desta forma, isto é errado e leva à destruição do pensamento crítico humano, e do ser humano. Sendo isto apressado pelo florescimento da Inteligência Artificial, que se propõe a pensar pelos seres humanos, e até a agir por eles, com os seus próprios preconceitos programados.

O verdadeiro domínio da filosofia é, e foi durante mais de dois milénios, a abstração da realidade. A filosofia moldou e molda a nossa forma de pensar, com as ideias de Sócrates, Platão, Aristóteles, Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, Albert Camus, mas também as atribuídas a Lao Tzu, Jesus Cristo, Gautama Buda e até a Sigmund Freud e Carl Gustav Jung.

Nisto vejo duas vertentes no campo da filosofia: como disciplina da atividade intelectual humana e como atividade profissional.

A mais importante das duas é sem dúvida a sua utilidade como disciplina do pensamento. É muito importante a sua presença à estruturação válida do pensamento e para informar sobre e criticar possibilidades concebidas abstratamente, permitindo ligar de forma válida e consequente diferentes áreas do saber humano (por exemplo, psicologia e sociologia) e chegar a conclusões válidas, ainda que não necessariamente verdadeiras, assim como estudar a sua validade e veracidade, incluindo perante nova informação. Por exemplo, eu posso, em toda a minha vida, apenas ter visto pessoas com olhos castanhos, e valida mas erroneamente assumir que todas as pessoas têm olhos castanhos. Mas também saber que, como há mais no mundo do que aquilo que experimentei - volta e meia realizo novo conhecimento -, que haverá à priori a possibilidade de haver pessoas com olhos de outras cores. Ainda que naturalmente pense que não há.

Como atividade profissional, a filosofia permite explorar de forma profunda e sustentada conceitos e ideias, abstratamente, e a própria experiência de pensar e viver, tendo sido fundamental no aparecimento e desenvolvimento da Lógica (com Platão, Aristóteles e Euclides, entre outros), à exploração da experiência de ser no mundo (com o movimento existencialista, por exemplo) e ao questionamento da própria estrutura da realidade (movimento idealista germânico, por exemplo).

Para o músico Frank Zappa:

"Sem desvio da norma, o progresso não é possível."

E nisto a filosofia é fundamental, ao nos legar ferramentas testadas ao longo do desenvolvimento da civilização humana para pensar valida e originalmente.

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